domingo, 2 de outubro de 2011

Colonia do Sacramento (Uruguai) é muito legal mas ...

Sexta-feira a tarde. Após uma semana de treinamento em Buenos Aires, hora de voltar para casa. Eu e alguns colegas de trabalho nos dirigimos ao Aeroporto de Ezeiza, só para descobrir que nosso voo de volta a Curitiba fora cancelado. Cinzas do vulcão chileno (qual é mesmo o nome?).

Fazer o que? Não adianta nos estressarmos. O melhor é voltar ao hotel (nestas horas é bom estar a serviço), escolher um bom restaurante (opções não faltam) e planejar o que fazer no sábado (já que nosso retorno foi remarcado para domingo de manhã).

Todos já estivemos mais vezes em Buenos Aires do que conseguimos nos recordar. Ninguém a fim de "fazer turismo" na capital portenha. Vamos ficar descansando o dia inteiro? Arriscar optar por não fazer nada e acabar não resistindo à tentação de dar uma olhadinha nos e_mails e no fim passar o dia trabalhando?

Minha filha esteve recentemente em Buenos Aires. Contou de uma "esticada" que deu a Colonia del Sacramento no Uruguai. Proponho e vários colegas gostam da ideia.

Acordamos no sábado bem cedo. O Buquebus - navio tipo catamarã que faz o transporte Buenos Aires / Colonia - sai por volta das 8h da manhã e é preciso chegar com pelo menos 45 minutos de antecedência para o controle de passaportes (e ainda tinhamos que comprar as passagens). E aí é que nos deixamos convencer a, além dos bilhetes de ida e volta, comprar um pacote de tour aos arredores de Colonia + almoço.

Resumindo: todos gostamos muito do centro histórico da cidade (vale muito a pena - tipo uma pequena Paraty) mas foi unânime a opinião de que o tour dos arredores foi uma "furada" (absolutamente nada de interessante a ver e, ainda por cima, consumiu uma parte considerável do pouco tempo que tinhamos para curtir Colonia, pois o trajeto do ônibus dura uma hora e o Buquebus retornava às 4h da tarde para Buenos Aires). O almoço nem foi ruim (mas também não foi bom) num restaurante bem "classe turística".

Agora entendo porque o pacote pareceu tão barato (mesmo considerando o câmbio favorável).

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Vale a pena ver de novo. Tem certeza?

Domingo à tarde. Chuva, vento, frio. Toda a família em casa. O dia estava tão feio que ninguém se animou a sair. A rata de praia estava em casa. O rato de mouse ... bem, para o rato de mouse o dia estava perfeito: ninguém enchendo o saco para que ele saísse de casa.

Mas, pai é pai. Não pode ver o filho sossegado no seu canto sem que surja uma ideia brilhante: vamos ver um filme todos juntos.

Lá fui eu para a locadora. Olhei os lançamentos e ... nada. Olhei as séries e ... nada. Olhei os clássicos e ... lá estava ele: Banzé no Oeste (Blazing Saddles) de Mel Brooks com Gene Wilder e Cleavon Little. Que ideia perfeita. Cenas inesquecíveis: o xerife negro do velho oeste, o bandido montado em um touro que derruba um cavalo com um soco, o bandido (outro bandido) e o cavalo sendo enforcados juntos, todas enfim. Gargalhadas garantidas do começo ao fim.

Juntei todo mundo (alguns através de chantagem, outros com ameaças). Pipoca, telão, tudo pronto.
Começa o filme. As cores ... desbotadas. O ritmo ... lento. Os personagens ... tristes.

Calma gente! Vai melhorar.

Não melhorou. Depois de 40 minutos sem nenhum risinho de ninguém, eu e a Patricia desistimos. A chantagem e as ameaças transformaram-se em pedidos de desculpas.

Na minha memória continua ótimo. Mas, definitivamente NÃO vale a pena ver de novo. Em uma locadora perto de você, desvie da seção de clássicos da comédia.

PS - Isto de fato aconteceu conosco. Mas, pareceria uma tentativa de plágio deixar de comentar que a Cora Ronai em sua coluna do jornal contou ter passado por uma situação semelhante. O filme foi "Curtindo a Vida Adoidado" (Ferris Bueller's Day Off) com Matthew Broderick.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Winter Wonderland na Eurodisney!

Está para ser criado algo mais fascinante e cativante que o mundo Disney! Com suas princesas, vilões, heróis e ratinhos esse maravilhoso universo criado pelo Sr. homônimo é cada vez mais capaz de atrair milhares e milhares de fãs no mundo inteiro.

Um de seus grandes parques temáticos está localizado em Marne-La-Vallée, apenas 20km a leste de Paris. O primo europeu da WaltDisney World conta com um parque infantil, um de aventura, além de uma ampla área de restaurantes, lojas, e até cinema. Tudo com o já conhecido carimbo Disney: organização extrema, limpeza impecável, consumismo exacerbado e hospitalidade fora do comum (entenda-se fora do comum para o padrão local, o mesmo staff trabalhando nos EUA não duraria um dia no emprego!).

Diferente de Orlando e de Los Angeles, no entanto, o subúrbio parisiense é penalizado por rigorosas estações de inverno. De dezembro até março podemos contar com temperaturas abaixo de zero e até neve... e é exatamente aí que brilha o grupo de marketing da EuroDisney!!

Promoções, eventos, shows extras, você encontra de tudo! Kids enter for free, buy one ticket get the other 50% off, buy annual passes, save on meals... os olhos até brilham ao serem bombardeados por tantas promoções.

Eu, particularmente, me senti de mãos atadas ao me deparar com essa: Park entrance + all meals in Disney restaurants + free stay at Disney hotels por um preço inferior ao que pagaria na diária do Ibis mais próximo! Era absolutamente imperdível! Comprei para todo o grupo da viagem e me preparei para adentrar o maravilhoso mundo "where dreams come true".

Winter Wonderland na Eurodisney?? Só se você acha agradável ficar o dia todo (ou o máximo que você aguentar pra fazer valer o dinheiro gasto) num parque totalmente desenhado para se ficar outdoors, com chão escorregadio de tanta neve, cabeça e pé molhados e cheios da maldita e pegajosa "chuva branca", paradas in-fi-ni-tas (com duração, na verdade, de 5 min - afinal nem os personagens aguentam ficar sorrindo e acenando naquele frio medonho) e diversas atrações fechadas para manutenção, aproveitando o período da baixa temporada. Parece que tudo é longe demais e a única coisa que se tem vontade é de ficar parado o dia todo dentro das lojinhas de souvenirs com aquecimento.

E o hotel e as refeições? No fim do dia todo mundo está tão mal humorado que tudo parece chato e sem graça.

Quer ter uma idéia da experiência - checa só esse video: www.youtube.com/watch?v=rhWGsQiBkI0

domingo, 4 de setembro de 2011

A Bolsa de Nova Iorque

Existem 4 cidades do mundo em que me sinto em casa. Curitiba, onde nasci e vivi até os 17 anos; o Rio de Janeiro em que moro desde 1976; Paris, pela qual me apaixonei em uma manhã de inverno e Nova Iorque.

Estive pela primeira vez em Nova Iorque em 1969. As torres gêmeas ainda não existiam. Morei por um mês na cidade. Alguém poderia dizer: “Só um mês? Isto não é morar, é visitar.” Insisto que é morar, porque eu estava no Brooklin, na casa de minha tia avó Sarah. Pude experimentar o estilo de vida da cidade àquela época. Pegar o metrô para ir a Manhattan. Deslumbrar-me com porta automática, ar condicionado e outras amenidades que não eram comuns por aqui. Eu assisti a descida do homem na Lua, ao vivo e a cores.

Nem tudo foram flores. Mais de uma vez cheguei na casa de minha tia, frustrado, dizendo: “Quero voltar para casa. Aqui eu não entendo ninguém e ninguém me entende”. Eu tinha 10 anos de idade. Acabei aprendendo a importância de conhecer outros idiomas e culturas.

Voltei diversas vezes à Nova Iorque depois disto. Tornei-me um “habitué” da cidade. Várias vezes: caminhei mais de 80 quadras, corri pelo Central Park, comi Reuben (sanduíche de pastrami) e a verdadeira New York Cheese Cake. Várias vezes também: visitei o Museu de História Natural e o Met, assisti a concertos e a espetáculos de jazz. Estive em alguns lugares, mesmo antes de serem recomendados pelo Pedro Andrade (Manhattan Connection). Conheço Manhattan do Battery Park ao Harlem, mais Queens, o Bronx, Brooklin e Staten Island. Sem mim, Nova Iorque teria apenas 19.999.999 habitantes.

Nova Iorque é familiar até mesmo a quem nunca esteve lá. As centenas de filmes e séries de TV ambientadas na cidade fazem com que todos cheguem à cidade pela primeira vez com uma sensação de “dejà vu”. Vá à Nova Iorque. Duvido que você não goste.

E a Bolsa? Pois é. Taí uma coisa que eu nunca consegui entender. Por que mulher se encanta tanto com uma bolsa. (Ah, você pensou que eu fosse falar da New York Stock Exchange. Até mesmo esta merece uma visita.) Continuando, mesmo as ecologistas mais ferrenhas enxergam um crocodilo ou cobra como uma bolsa do mercado futuro. Dizem que até o Diabo tem preferência por uma marca (este filme também se passa em Nova Iorque).

Caminhar pela 5ª Avenida é uma festa para os olhos de uma mulher. A partir da rua 59 (Central Park) até a rua 48 são dezenas de grifes famosas, incluindo Fendi, Prada, Gucci e Louis Vuitton. As lojas são deslumbrantes e os preços aterrorizantes. US$ 3.000,00 (ou muito mais) por uma bolsa.

Qualquer homem diria que estes preços são astronômicos. As mulheres também. Mas, elas continuam fazendo qualquer coisa para conseguir uma bolsa dos estilistas famosos. Até mesmo pagar o que seria um preço decente para um bom produto, por algo que se pareça com a coisa verdadeira.

Juntando Nova Iorque com este desejo irrefreável da mulher chega-se à Mariamma. Ou melhor, ela chega a você. Mariamma não é uma loja; é uma pessoa. Ela é uma “Personal Purse Dealer”. Entenda “Purse Dealer” como algo parecido com uma “Drug Dealer” de bolsas. Se você sonhou em ser personagem de “Law and Order”, negociar com Mariamma é a sua grande chance de realização. No começo, ela desconfia que você seja um agente disfarçado e você também pensa que ela possa ser. A sua parvoíce de turista logo acaba com a desconfiança dela. Se ela é uma agente disfarçada que simplesmente tem pena dos turistas parvos, com franqueza até hoje não sei.

A negociação se passa em um “fast food” ou “coffee shop”. Você tem que comprar algo e pegar uma mesa (para que o dono da loja aceite que você fique lá). Ela tira um catálogo da bolsa (uma “Goya”, preço da verdadeira: $4.750) e apresenta suas seleções. Você pode escolher “the good stuff” por preços a partir de $150 ou as “knocked out” por menos de $100. Depois que você faz sua escolha, ela entra em contato com seu sistema de logística imediato e providencia que o produto chegue às suas mãos. A transação é concretizada no banheiro.

Você precisa tanto assim de uma bolsa? Então, Mariamma, rua 14, Nova Iorque. Ande pela rua com cara de perdido e Mariamma vai achar você.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Você é um homem ou uma muçurana?

Um dos lugares mais espetaculares que eu conheço é o Grand Canyon. Esqueça tudo o que você viu nos filmes e nas fotografias. Ao vivo é ainda mais impressionante.

Para quem gosta de caminhadas, descer e subir pelas trilhas que ligam as bordas Sul e Norte do Canyon ao leito do rio, é um programa imperdível. Mesmo para quem não tem este apêgo especial por andar, percorrer a borda superior da borda sul (South Rim), mesmo que seja de carro, parando nos mirantes para apreciar a paisagem, marca para o resto da vida.

Não é difícil de chegar. Você pode partir de Las Vegas de avião, helicóptero ou carro. Nos dois primeiros casos, é passeio de 1/2 dia ou dia inteiro. Você vai, sobrevoa (ou pousa e faz um piquenique) e volta.

De carro, demora mais de quatro horas. Logo, é programa para ir e passar a noite. O Grand Canyon Village tem várias opções de acomodações, incluindo hotéis dentro do parque nacional e até mesmo com vista para o Grand Canyon. Passando a noite, você tem a oportunidade de acordar antes do sol nascer e ver o efeito que o sol provoca nas paredes do Canyon nesta hora. Se você não fizer questão de acordar, filme o por do sol e depois passe o vídeo de trás para diante.

No cardápio dos restaurantes, você encontra qualquer uma das opções tipicamente americanas: Salad, Hamburguer, Steak, Fish e Pasta. É claro que Shrimp (camarão) é mais difícil de encontrar.

Mas é inevitável que alguém mais atento encontre Fried Rattle Snake no cardápio. É isto mesmo: cascavel frita. Começa como brincadeira e acaba virando um desafio. Os argumentos definitivos não demoram a aparecer: "nunca mais teremos outra oportunidade", "se fizesse mal, americano não colocava no cardápio".

Acredite, meu amigo. Você não perde absolutamente nada deixando passar esta oportunidade. É ruim! Muito ruim! Pense em um polvo ou lula MUITO mal preparado. Borrachudo até a última instância. Você nem percebe o sabor, que na verdade é o do óleo da fritura e depende do que passou antes pela panela.

Para que você saiba o que deve evitar:
The Steakhouse At The Grand Canyon, também conhecida como Yippee-Ei-O Steakhouse
Grand Canyon National Park, AZ 86023
928-638-2780