Domingo à tarde. Chuva, vento, frio. Toda a família em casa. O dia estava tão feio que ninguém se animou a sair. A rata de praia estava em casa. O rato de mouse ... bem, para o rato de mouse o dia estava perfeito: ninguém enchendo o saco para que ele saísse de casa.
Mas, pai é pai. Não pode ver o filho sossegado no seu canto sem que surja uma ideia brilhante: vamos ver um filme todos juntos.
Lá fui eu para a locadora. Olhei os lançamentos e ... nada. Olhei as séries e ... nada. Olhei os clássicos e ... lá estava ele: Banzé no Oeste (Blazing Saddles) de Mel Brooks com Gene Wilder e Cleavon Little. Que ideia perfeita. Cenas inesquecíveis: o xerife negro do velho oeste, o bandido montado em um touro que derruba um cavalo com um soco, o bandido (outro bandido) e o cavalo sendo enforcados juntos, todas enfim. Gargalhadas garantidas do começo ao fim.
Juntei todo mundo (alguns através de chantagem, outros com ameaças). Pipoca, telão, tudo pronto.
Começa o filme. As cores ... desbotadas. O ritmo ... lento. Os personagens ... tristes.
Calma gente! Vai melhorar.
Não melhorou. Depois de 40 minutos sem nenhum risinho de ninguém, eu e a Patricia desistimos. A chantagem e as ameaças transformaram-se em pedidos de desculpas.
Na minha memória continua ótimo. Mas, definitivamente NÃO vale a pena ver de novo. Em uma locadora perto de você, desvie da seção de clássicos da comédia.
PS - Isto de fato aconteceu conosco. Mas, pareceria uma tentativa de plágio deixar de comentar que a Cora Ronai em sua coluna do jornal contou ter passado por uma situação semelhante. O filme foi "Curtindo a Vida Adoidado" (Ferris Bueller's Day Off) com Matthew Broderick.
Quanto a Banzé no Oeste não posso falar, nunca vi... mas é um sacrilégio falar que não vale a pena ver de novo Ferris Bueller's Day Off!! Um clássico, a marca de uma geração, hilário!!!
ResponderExcluirCara, incrível como estamos passando pelas mesmas fases, ao mesmo tempo.
ResponderExcluirHá duas semanas, também convoquei minhas "meninas" para uma sessão pipoca, em casa, no fim da tarde de domingo.
Mas pelo menos tive o bom senso de deixar que elas selecionassem o que íamos ver, no NOW (acabamos vendo "127 horas", que até que eu gostei).
Estes clássicos são que nem Confeitaria das Famílias e Crush - só são bons nas memórias afetivas criadas durante nossa juventude.