Eu, pessoalmente, nunca caí nesta furada mas pelo menos 3 colegas me
contaram experiências pessoais semelhantes recentemente.
A história é basicamente a mesma. Voce vai passar férias em um dos
grandes destinos turísticos (eg. Disney World, Cancun) e recebe um
tentador convite (acompanhado de ofertas de café da manhã e vale-compras, entradas grátis para parques temáticos ou outras compensações
financeiras similares) para assistir a uma palestra sobre os benefícios de um esquema
que vai lhe garantir momentos memoráveis para o resto de sua vida.
Voce aceita o convite (de olho naquele vale-compra de U$150 e envolvido
pelo estado emocional criado por estar de férias) e acaba perdendo sua manhã
inteira preso num auditório do qual não consegue mais escapar, recebendo uma
lavagem cerebral e sofrendo uma enorme pressão psicológica (e
muitas vezes quase física) para comprar uma cota de “time sharing”. Todos
concordaram que, além de terem se sentido em uma situação muito constrangedora,
acabaram se dando conta de que, levando em conta o investimento em passagem,
hotel, alimentação, aluguel de carros e a manhã perdida, aquele vale-compras (ou a
entrada grátis) acabou saindo muito caro. E isto assumindo que você conseguiu
resistir a toda aquela pressão e não fechou um negócio que lhe custou uma
pequena fortuna e lhe comprometeu por anos a voltar ao mesmo hotel, no mesmo
lugar (ou ficar dependente de um esquema de troca) - quando hoje, pela
Internet, você tem a opção de milhares de hotéis no mundo inteiro com promoções
cada vez mais atraentes e total liberdade de escolha.
A moral da história aqui é a mesma que eu cito para meus amigos sobre uma
das mais fáceis formas de identificar restaurantes ruins: eles têm alguém na
porta lhe convidando para entrar.
"Se fosse bom, não precisava disto".
Em meio a tantas listas: 1.000 filmes para ver, 1.000 livros para ler, 1.000 lugares para visitar, não há tempo a perder. Para ajudá-lo a se livrar das roubadas, que farão com que você morra sem ter visto AQUELE filme especial que teria mudado toda a sua vida, resolvemos compilar esta lista de coisas absolutamente dispensáveis. Este blog está aberto a contribuições. Participe!
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
Cruce credo!
Cruce de los Andes. Para os que não conhecem, trata-se de uma Corrida de Aventuras; 105 km em 3 dias, subindo e descendo montanhas do Chile e Argentina, dando a volta no topo coberto de neve de um vulcão e contornando um lago de águas geladas (e tendo que entrar nele em alguns pontos). Tudo isto em um acampamento com mais 1.500 pessoas, compartilhando menos de 20 banheiros químicos.
A competição é em duplas e ambos (ou ambas) tem que ficar próximos todo o tempo da corrida. Não é revezamento. No primeiro dia foram 38,5km; este foi o dia de subir e contornar o vulcão coberto de neve. No segundo dia mais 45 km; este foi o dia de contornar o lago gelado. O terceiro dia era fácil: apenas 21,5 km. Tempo total de corrida, 10h para os primeiros colocados e mais de 26h para os últimos.
Esta é a vista do vulcão do primeiro dia (Mocho-Choshuenko), do meio da corrida do segundo dia.
Mais de 150 duplas desistiram, vi alguns chegando no primeiro dia com pé enfaixado, soube de vários atendimentos médicos por hipotermia no segundo dia. E deve ter acontecido muito mais coisa que eu não cheguei a saber.
No segundo dia, nossas mochilas deveriam ter sido transportadas de um acampamento - início da etapa - para outro - final da etapa. A barcaça teve um defeito e muitas pessoas só foram receber seu material às 5 horas da manhã do dia seguinte. Passaram a noite acordadas em frente a uma fogueira que foi improvisada no acampamento. Sorte que não choveu!
No final da terceira etapa, várias pessoas se abraçaram e choraram pela emoção de haver completado.
A festa de encerramento (noite do mesmo dia) era composta por dois grupos: os que mancavam para a esquerda e os que mancavam para a direita.
O objetivo deste blog é apontar aos nossos leitores as pequenas (ou grandes) roubadas que se escondem em programas ou situações aparentemente interessantes.
Então, para esclarecer a todos, este post é um pouco diferente. O Cruce cumpre exatamente o que promete; nada a mais e nada a menos. É para quem gosta!
Com certeza haverá dois grupos de leitores: os loucos para se inscrever (http://www.elcrucecolumbia.com) e os que consideram os que se inscrevem, simplesmente loucos.
A competição é em duplas e ambos (ou ambas) tem que ficar próximos todo o tempo da corrida. Não é revezamento. No primeiro dia foram 38,5km; este foi o dia de subir e contornar o vulcão coberto de neve. No segundo dia mais 45 km; este foi o dia de contornar o lago gelado. O terceiro dia era fácil: apenas 21,5 km. Tempo total de corrida, 10h para os primeiros colocados e mais de 26h para os últimos.
Esta é a vista do vulcão do primeiro dia (Mocho-Choshuenko), do meio da corrida do segundo dia.
Mais de 150 duplas desistiram, vi alguns chegando no primeiro dia com pé enfaixado, soube de vários atendimentos médicos por hipotermia no segundo dia. E deve ter acontecido muito mais coisa que eu não cheguei a saber.
No segundo dia, nossas mochilas deveriam ter sido transportadas de um acampamento - início da etapa - para outro - final da etapa. A barcaça teve um defeito e muitas pessoas só foram receber seu material às 5 horas da manhã do dia seguinte. Passaram a noite acordadas em frente a uma fogueira que foi improvisada no acampamento. Sorte que não choveu!
No final da terceira etapa, várias pessoas se abraçaram e choraram pela emoção de haver completado.
A festa de encerramento (noite do mesmo dia) era composta por dois grupos: os que mancavam para a esquerda e os que mancavam para a direita.
O objetivo deste blog é apontar aos nossos leitores as pequenas (ou grandes) roubadas que se escondem em programas ou situações aparentemente interessantes.
Então, para esclarecer a todos, este post é um pouco diferente. O Cruce cumpre exatamente o que promete; nada a mais e nada a menos. É para quem gosta!
Com certeza haverá dois grupos de leitores: os loucos para se inscrever (http://www.elcrucecolumbia.com) e os que consideram os que se inscrevem, simplesmente loucos.
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
O Corcovado é lindo.
Sou carioca ... por adoção (antes que os que me conhcem reclamem). Apaixonado pela cidade, corro (de verdade) por todos os cantos.
Uma das melhores (talvez A melhor) forma de ver a cidade é do alto dos morros. Ir ao Sumaré, à Vista Chinesa, à Mesa do Imperador, ao Pão de Açucar e às Paineiras permite que se aprecie algumas das mais belas vistas (talvez As mais belas) do mundo. Agora com a pacificação das favelas, brotam novas alternativas: Cantagalo, Dona Marta, Vidigal e Rocinha.
O Rio de Janeiro visto de cima. Cantado por Tom Jobim no "Samba do Avião". Elizabeth Bishop, poetisa americana que viveu 15 anos no Rio de janeiro decretou: "O Rio de Janeiro não é uma Cidade Maravilhosa. É uma paisagem maravilhosa para uma cidade." Não interessa discutir a afirmativa. A segunda parte é ABSOLUTAMENTE indiscutível. Que paisagem maravilhosa!
Entre as opções disponíveis, o Corcovado é a melhor de todas. De um lado, a Zona Sul da cidade: a Lagoa Rodrigo de Freitas, as praias e ilhas. Do outro lado, o interior da Baia de Guanabara, o Maracanã e a Ponte Rio-Niterói.
Como eu disse, eu corro a cidade. Um dos percursos inicia na cancela das Paineiras, bem ao lado do acesso ao Cristo Redentor. Costumamos chegar antes das 8 horas da manhã. Estamos só nós (corredores e ciclistas) e os guardadores de carro. Estes não se atrasam nunca. Estacionamos sem problemas. Começamos a correr (ou pedalar) e temos várias oportunidades de apreciar a paisagem.
Porém, quando retornamos duas horas depois, o paraíso se tornou um inferno. São milhares de pessoas em duas filas: a primeira para comprar o bilhete da Van e a segunda para embarcar nas ditas cujas. Você não tem ideia do tumulto.
Entramos no carro e com duas horas de endorfina correndo nas veias, temos toda a paciência para ir em direção à saida. O cenário não melhora. Ao longo da estrada, são quilômetros de carros estacionados e pessoas caminhando em direção ... às filas.
Com um detalhe adicional. O frescor da manhã (no Rio de Janeiro, isto significa qualquer coisa abaixo de 30 graus) foi sustituído pela temperatura habitual (qualquer coisa entre 35 e 80 graus). Já se disse - com muita propriedade - que o Rio de Janeiro tem apenas duas estações: Verão e Inferno.
Visite o Cristo Redentor. Você não vai se arrepender. Mas chegue antes das 8 horas da manhã. Ou você vai se arrepender.
Uma das melhores (talvez A melhor) forma de ver a cidade é do alto dos morros. Ir ao Sumaré, à Vista Chinesa, à Mesa do Imperador, ao Pão de Açucar e às Paineiras permite que se aprecie algumas das mais belas vistas (talvez As mais belas) do mundo. Agora com a pacificação das favelas, brotam novas alternativas: Cantagalo, Dona Marta, Vidigal e Rocinha.
O Rio de Janeiro visto de cima. Cantado por Tom Jobim no "Samba do Avião". Elizabeth Bishop, poetisa americana que viveu 15 anos no Rio de janeiro decretou: "O Rio de Janeiro não é uma Cidade Maravilhosa. É uma paisagem maravilhosa para uma cidade." Não interessa discutir a afirmativa. A segunda parte é ABSOLUTAMENTE indiscutível. Que paisagem maravilhosa!
Entre as opções disponíveis, o Corcovado é a melhor de todas. De um lado, a Zona Sul da cidade: a Lagoa Rodrigo de Freitas, as praias e ilhas. Do outro lado, o interior da Baia de Guanabara, o Maracanã e a Ponte Rio-Niterói.
Como eu disse, eu corro a cidade. Um dos percursos inicia na cancela das Paineiras, bem ao lado do acesso ao Cristo Redentor. Costumamos chegar antes das 8 horas da manhã. Estamos só nós (corredores e ciclistas) e os guardadores de carro. Estes não se atrasam nunca. Estacionamos sem problemas. Começamos a correr (ou pedalar) e temos várias oportunidades de apreciar a paisagem.
Porém, quando retornamos duas horas depois, o paraíso se tornou um inferno. São milhares de pessoas em duas filas: a primeira para comprar o bilhete da Van e a segunda para embarcar nas ditas cujas. Você não tem ideia do tumulto.
Entramos no carro e com duas horas de endorfina correndo nas veias, temos toda a paciência para ir em direção à saida. O cenário não melhora. Ao longo da estrada, são quilômetros de carros estacionados e pessoas caminhando em direção ... às filas.
Com um detalhe adicional. O frescor da manhã (no Rio de Janeiro, isto significa qualquer coisa abaixo de 30 graus) foi sustituído pela temperatura habitual (qualquer coisa entre 35 e 80 graus). Já se disse - com muita propriedade - que o Rio de Janeiro tem apenas duas estações: Verão e Inferno.
Visite o Cristo Redentor. Você não vai se arrepender. Mas chegue antes das 8 horas da manhã. Ou você vai se arrepender.
Assinar:
Postagens (Atom)