sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

TIME SHARING ou TIME WASTING ?

Eu, pessoalmente, nunca caí nesta furada mas pelo menos 3 colegas me
contaram experiências pessoais semelhantes recentemente.

A história é basicamente a mesma. Voce vai passar férias em um dos
grandes destinos turísticos (eg. Disney World, Cancun) e recebe um
tentador convite (acompanhado de ofertas de café da manhã e vale-compras, entradas grátis para parques temáticos ou outras compensações
financeiras similares) para assistir a uma palestra sobre os benefícios de um esquema
que vai lhe garantir momentos memoráveis para o resto de sua vida.

Voce aceita o convite (de olho naquele vale-compra de U$150 e envolvido
pelo estado emocional criado por estar de férias) e acaba perdendo sua manhã
inteira preso num auditório do qual não consegue mais escapar, recebendo uma
lavagem cerebral e sofrendo uma enorme pressão psicológica (e
muitas vezes quase física) para comprar uma cota de “time sharing”. Todos
concordaram que, além de terem se sentido em uma situação muito constrangedora,
acabaram se dando conta de que, levando em conta o investimento em passagem,
hotel, alimentação, aluguel de carros e a manhã perdida, aquele vale-compras (ou a
entrada grátis) acabou saindo muito caro. E isto assumindo que você conseguiu
resistir a toda aquela pressão e não fechou um negócio que lhe custou uma
pequena fortuna e lhe comprometeu por anos a voltar ao mesmo hotel, no mesmo
lugar (ou ficar dependente de um esquema de troca) - quando hoje, pela
Internet, você tem a opção de milhares de hotéis no mundo inteiro com promoções
cada vez mais atraentes e total liberdade de escolha.

A moral da história aqui é a mesma que eu cito para meus amigos sobre uma
das mais fáceis formas de identificar restaurantes ruins: eles têm alguém na
porta lhe convidando para entrar.
"Se fosse bom, não precisava disto".

Um comentário:

  1. 'Faça o que eu digo, não faça o que eu faço". Sua última frase diz tudo. Por que então, entre tantos restaurantes de tapas em Barcelona, escolhemos aquele que o rapaz nos sequestrou no meio da rua? Acho que escolhemos (ou fomos escolhidos) o pior restaurante. E essa não foi a única roubada da viagem. Estou esperando o post "chegada ao Parque Gaudí pela porta dos fundos". Ou será que so eu achei estranho aquele caminho?

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